Os índios Xetá ocupavam uma extensa área do noroeste do Paraná e tinham como território original a Serra dos Dourados, às margens do rio Ivaí e de seus afluentes.
No antigo território que ocupavam, estão hoje os municípios de Umuarama, Cruzeiro do Oeste, Icaraíma e Douradinha.
Esses indígenas viviam em grupos que praticavam a coleta de frutos e raízes, de larvas de besouros e de abelhas, como também a produção de mel. Seu grupo foi o último a fazer contato com os colonizadores, na década de 1940, quando houve a expansão do plantio do café nessa região do estado. Sua população foi reduzida de forma intensa.
Os Xetá representam uma etnia existente apenas no Paraná. Estima-se que a tribo tinha 250 índios, mas em cerca de 10 anos o grupo foi praticamente dizimado. Os que restaram eram crianças que foram sequestradas e criadas pelos primeiros homens brancos que habitaram a região.
Hoje, a unidade da Funai em Guarapuava é quem acompanha os índios xetás. Segundo o administrador do órgão, Jean Carlo Burigo, restam apenas sete índios da etnia. Apenas Maria Rosa Brasil Tiguá, 56 anos, mora em Umuarama. Ela nunca saiu da região e perdeu o contato com a tribo ainda criança. Os outros são: Ticoen Xetá, que hoje é policial militar em Curitiba; Ã Xetá, que mora na aldeia Rio da Areia em Inácio Martins; Coen Xetá, da aldeia Marreca em Turvo e Rondon Xetá, morador de Chapecó (SC), além de um índio que mora perto de Barão de Antonina e outro morador do interior de São Paulo, ambos sem contato direto com a Funai. Em 2007 morreu Tucanambá José Paraná, aos 56 anos.
Infelismente nenhum dos xetás se casou com índios da mesma tribo. Eles se casaram com não-índios ou pertencentes a outras etnias. “Reagrupar a tribo é o maior sonho dos xetás”.
Índio Xetá (Criança) - Registro histórico
Maria Rosa Brasil Tiguá é a única xetá que permaneceu na região
Maria Rosa Brasil Tiguá é a única xetá que permaneceu na região – Imagem em Alta Resolução
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