A civilização Romana surgiu de uma pequena comunidade agrícola fundada na península Itálica no século X a.C., ao qual era localizada ao longo do mar Mediterrâneo e centrada na cidade de Roma, que conforme a versão lendária, a cidade foi fundada por Rómulo e Remo em 753 a.C.
A civilização Romana iniciou-se como uma monarquia desde sua fundação até o ano de 509 a.C., quando o último rei de Roma Tarquínio, o Soberbo foi assassinado e iniciado a Republica Romana. Durante esse período, que segundo Virgílio (Eneida) e Tito Lívio (História de Roma) houve sete reis aos quais acumulavam os poderes executivo, judicial e religioso e eram auxiliados pelo senado que detinha o poder legislativo e de veto, decidindo aprovar, ou não, as leis criadas pelo rei.
Já a República Romana é a expressão usada por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C.. Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado num grande império.
Durante esses quase 400 anos de republica surgiram às primeiras grandes obras como o Circo Máximo, o primeiro aqueduto, que distribuía água para toda a cidade, e a Via Ápia, uma grande estrada que permitia a movimentação de tropas pelos territórios romanos. Foi também durante esse período que iniciaram as conquistas romanas com a dominação das cidades gregas do sul da península Itálica. E depois do maior inimigo de Roma, a cidade de Cartago em 149 a.C., e posteriormente conquistaram a Grécia em 133 a.C., assumindo o controle total do mar Mediterrâneo.
Porém a República Romana entrou em crise no século I a.C., quando o senado romano passou a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais, ocorrendo uma série de acontecimentos que culminou no primeiro triunvirato, um acordo secreto entre Júlio César, Pompeu, dois dos principais generais de Roma, e Crasso, um rico comerciante. Os três passaram a chefiar o governo até a derrota e morte de Crasso em uma batalha e início de uma guerra entre os dois generais resultando na vitória de César que se declarou ditador em 49 a.C. Após dois anos César invadiu o Egito e proclamou Cleópatra como rainha, mas foi assassinado por um complô do senado, liderado por seu sobrinho e filho adotivo Bruto em 44 a.C.
Por esta altura a república tinha sido decisivamente abalada e surge o segundo triunvirato, entre Otaviano (sobrinho de Júlio César), Marco António e Lépido. Os três caçam todos os conspiradores da morte de César e dividem o território romano em três partes, mas a parte correspondente a Lépido foi logo anexada por Otaviano e logo ele derrota também Marco Antônio tornando-se efetivamente o primeiro imperador romano e recebendo o título de Augusto – “consagrado” ou “Santo” - em 27 a.C., data usada pelos historiadores como início do Império Romano.
O primeiro Imperador Romano foi Otaviano conhecido como Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), seguidos por Tibério (14 – 37), Calígula (37 – 41), Cláudio (41 – 54) e Nero(54 – 68), que são conhecidos como a Dinastia Julio-Claudiana. É durante esse período que nasceu e morreu Jesus Cristo e houve o incêndio de Roma durante o governo de Nero.
Após o suicídio de Nero inicia a dinastia Flaviana com Tito Flávio Sabino Vespasiano (69 - 79), seguido por Tito Flávio Vespasiano Augusto (79 – 81) e Tito Flávio Domiciano (81 - 96). Foi durante esse período que foi construído o coliseu de Roma (70 – 90) e o imperador Tito destruiu Jerusalém iniciando a segunda diáspora judaica em 70 d.C.
Após o assassinado de Domiciano, Roma encontra-se bastante céptica quanto à validade do modelo dinástico e a sucessão imperial evoluiu para o conceito do mais apto. Esta mudança deu origem ao período dos cinco bons imperadores: Nerva (96 – 98), Trajano (98 – 117), Adriano (117 – 138), Antonino Pio (138 – 161) e Marco Aurélio (161 – 180). Nesse período Roma desfrutou de relativa paz e prosperidade política, militar e econômica, tendo, então, atingido seu auge. Mas esse período foi interrompido quando Marco Aurélio indicou não o homem mais apto para substituí-lo no cargo após sua morte e sim o seu filho, Cómodo (161 – 192) que foi responsável pelo início das instabilidades políticas que abalaram o Império Romano.
Após a morte de Cómodo inicia a crise do século terceiro entre (193-285), ao qual o império teve 28 imperadores e apenas 2 faleceram por causas naturais, sendo esse período marcado também pelo início das invasões dos povos bárbaros que habitavam as zonas fronteiriças do império. Essa crise só termina com a chegada de Diocleciano em 285 que enfim pôs ordem no império dividindo em duas partes: oriental e ocidental.
O tempo de prosperidade dura pouco e em 410 Roma é saqueada pelos visigodos, e em 452 os hunos, liderados por Átila, invadem a península itálica, mas não chegaram a Roma. Em 455 os vândalos saqueiam Roma e em 476 o império Romano do ocidente cai, quando Rômulo Augusto é derrubado do poder pelos bárbaros germânicos. Entretanto o Império Romano do Oriente, com sua capital em Constantinopla, continuou a existir por quase mil anos, até 1453. A queda de Roma em 476 é o marco para o início da Idade Média.